A Assembleia Municipal da Guarda aprovou, por maioria, uma proposta que defende o funcionamento da Biblioteca Municipal durante 24 horas, bem como a criação de uma ou mais salas de estudo.
A moção “Por uma Biblioteca Municipal aberta 24 horas e pela criação, no mínimo de uma sala de estudo 24 horas” foi apresentada pela bancada do PSD “tendo em linha de conta que a Guarda possui ensino básico, secundário, profissional e politécnico”, somando mais de 8 mil alunos residentes.
Na apresentação da proposta, na reunião de terça-feira, 20 de dezembro, foi referido que “são milhares os estudantes de ensino superior, nos ciclos de licenciatura, mestrado, doutoramento, espalhados pelo País e pelo Mundo que regressam à Guarda sempre que podem, para as suas visitas familiares”. De acordo com os proponentes, nessas visitas familiares, os estudantes “nem sempre encontram espaços disponíveis e com os horários a que estão habituados nas cidades que os acolheram e nas quais estudam”. Lembraram que o sucesso escolar e académico dos alunos naturais e residentes na Guarda “deve ser uma das prioridades do município”.
A proposta dá orientação à Câmara Municipal para que, no ano de 2023, altere os horários da Biblioteca Municipal permitindo que esta esteja aberta durante 24 horas, todos os dias da semana. Pede ainda que, no ano de 2023, a Câmara “afete à comunidade estudantil um ou mais do que um espaço” tendo em vista a criação de uma ou mais salas de estudo durante 24 horas, “com as devidas condições de aquecimento, vigilância e todas as condições necessárias ao estudo”.
A Assembleia Municipal também aprovou, por unanimidade, outra proposta do PSD, tendo em vista a criação de um regulamento de apoio aos atletas de alta competição.
Na mesma reunião também foram aprovados votos de pesar pela morte do escritor Manuel Poppe, de 84 anos, e do professor catedrático Jaime Alberto Couto Ferreira, de 78 anos.
O voto de pesar do falecimento de Manuel Poppe foi apresentado pelas bancadas do PS e do PSD e foi lido pelo deputado do PS Virgílio Bento. O voto referia que o escritor, crítico literário e dramaturgo, “nutria uma imensa paixão pela Guarda”.
O voto de pesar sobre a morte do professor Jaime Alberto Couto Ferreira, natural da Freguesia de Famalicão, foi apresentado pela bancada do PS e pelo presidente da Junta de Famalicão.
Virgílio Bento, que também apresentou o voto de pesar, disse que o nome de Jaime Alberto Couto Ferreira está “indissociavelmente ligado” ao Centro de Estudos Ibéricos, tendo pertencido ao conselho executivo entre 2001 e 2012.