O Município da Guarda em colaboração com a Associação Distrital de Agricultores da Guarda (ADAG) disponibiliza aos apicultores armadilhas para captura da vespa velutina e respetivo isco atrativo. A medida vai de encontro à necessidade de mitigar os impactos negativos desta espécie invasora, também conhecida como vespa asiática, e à importância de apoiar a apicultura local.
A vespa velutina é uma espécie invasora que tem causado impactos significativos no ambiente, na biodiversidade, na saúde pública e na apicultura em várias regiões da Europa.
Introduzida na Europa acidentalmente em 2004 em França, propagou-se desde então por vários países europeus, incluindo Portugal onde os primeiros ninhos foram detetados em 2011. No concelho da Guarda os primeiros ninhos foram identificados em 2018.
Os efeitos negativos no ambiente e na biodiversidade refletem-se na forte predação de abelhas e de outros insetos polinizadores, no período de julho a novembro, traduzindo-se numa redução muito significativa das populações destes insetos necessários para a polinização e consequente manutenção do equilíbrio dos ecossistemas.
A vespa velutina ou vespa asiática é uma espécie de vespa não-indígena, predadora da abelha europeia, com comprimento médio de cerca de 2,5 cm. As características que permitem distinguir esta espécie de outras espécies de vespa habituais no nosso país, são o facto de possuir as pontas das patas amarelas e o abdómen escuro, com uma fina faixa amarela e apenas 1 segmento amarelo.
A captura de rainhas fundadoras numa fase do seu ciclo de vida em que acabaram der sair da hibernação e se encontram a formar os ninhos primários onde realizam as primeiras posturas, constitui um momento crucial para a contenção da propagação da vespa velutina, uma vez que permite prevenir o aparecimento adiante de ninhos de grande dimensão e posterior formação de linhagens sucessoras.
A vespa asiática constrói ninhos com cerca de 1 metro de altura e 80 cm de diâmetro. Podem ser encontrados, normalmente, em árvores com mais de 5 m de altura e entre a folhagem. A entrada e saída dos ninhos é feita por um orifício lateral.
De acordo com o Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa Velutina, desenvolvido pela Direção Geral de Alimentação e Veterinária e pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, compete aos Municípios as ações de controlo e destruição da espécie invasora, assim como, a participação nas ações de vigilância passiva e ativa, formação, divulgação e a sua monitorização.
Os apicultores interessados na obtenção de armadilhas devem assim dirigir-se à ADAG, cuja sede se situa no Centro Comercial S. Francisco – Loja 33.
Fonte/Foto: CM Guarda