O Hotel Turismo da Guarda deverá passar para as mãos do Grupo Pestana, podendo adotar a marca “Pousadas de Portugal”.

O futuro do Hotel Turismo está confirmado. Fechado há 12 anos, a primeira unidade hoteleira da cidade mais alta, projetada por Vasco Regaleira, vai agora fazer parte da rede das Pousadas de Portugal.
Na semana passada, a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, anunciou que um contrato de arrendamento já tinha sido aprovado pelo Turismo de Portugal, proprietário do edifício.

Aquando do fecho da unidade, em 2010, a Câmara da Guarda (então liderada pelo socialista Joaquim Valente) vendeu o edifício aquele Instituto público por 3,5 milhões de euros. Volvidos doze anos, António Monteirinho, deputado do PS na Assembleia da República e líder da concelhia socialista da Guarda, diz que «podemos agora afirmar que o Hotel vai ser devolvido à cidade com o glamour de outros tempos». O parlamentar explica que a futura unidade vai pertencer a «uma rede de instalações hoteleiras com 35 pousadas a nível nacional, que é tida maioritariamente pelo Estado português, sendo gerida por um grupo privado – o Pestana Pousadas».

De acordo com António Monteirinho, a decisão «já está na reta final da sua aprovação» e «a marca das Pousadas de Portugal para o Hotel Turismo não irá fugir à Guarda». No entanto, ainda falta «uma pequena aprovação por parte do Ministério das Finanças», acrescenta. Sobre o arrendamento do hotel, uma vez que a propriedade continuará a ser do Estado, o deputado socialista diz que a fórmula «ainda não está definida», dizendo também que é «prematuro» falar nos valores envolvidos neste acordo. «O Governo do PS está a cumprir aquilo que prometeu aquando da campanha eleitoral para as legislativas. Com esta decisão, temos todas as condições para transformar esta infraestrutura num verdadeiro hotel de charme», sublinhou o dirigente e parlamentar socialista.

O Hotel Turismo foi recentemente retirado do Programa REVIVE por falta de interessados e para permitir encontrar soluções alternativas. O imóvel foi dos primeiros a integrar o REVIVE, em abril de 2017, mas a concessão da sua gestão e reabilitação foi um fracasso. Projetado por Vasco Regaleira na década de 30 do século passado e inaugurado em 1947, o hotel, que foi a primeira unidade hoteleira da cidade, está devoluto desde 2012. O edifício foi vendido em 2010, pela Câmara, então liderada pelo autarca socialista Joaquim Valente, ao Turismo de Portugal, por 3 milhões e meio de euros, para reabrir como hotel de charme e escola de hotelaria, mas o projeto nunca saiu do papel.