BRASILIDADE DE NOVO ANO
Por Jessica Faria*
O Natal é até giro (legal) com temperaturas baixas, mas o Ano Novo, sem pé na areia, água de coco e caipirinha, já é um bocado difícil compreender.
Brincadeiras a parte como passamos o novo ano no frio? Estou a me preparar psicologicamente para isso.
E a ponte que dizem os portugueses (emendar) o Ano Novo com o carnaval não teremos mais, vida de pessoas que estão a imigrar é trabalhar, trabalhar, um bocado de laser das maravilhas que o país proporciona e fazer vídeos chamadas para matarmos um
Pouquinho da saudade.
O clima nessa altura é uma diferença característica demasiada grande entre os dois continentes.
Mas podem até me questionarem e falarem, Jéssica eu amo o frio, tudo bem, respeitamos todos os gostos, mas venhamos e convenhamos só o sol fornece uma vitamina específica para alegria e felicidade.
No caso a vitamina D. Nunca ouvi na minha vida alguém falar de uma vitamina fornecida pelo frio que passamos, muito pelo contrário precisamos de mais vitaminas para nossa imunidade não baixar e não adoecermos.
Mas não estou aqui pra militar pelo sol na passagem de ano. Mas sim, encontrar uma forma de fazer que o coração aqueça, para que a fé e a esperança que o próximo ano seja de amor, saúde, paz, esperança e principalmente de felicidade.
Independente de quantos graus marquem os termómetros.
Que não percamos a fé e acreditemos cada dia mais num novo mundo, nesse continente, um bocado mais velho, mais experiente, e às vezes literalmente mais frio.
Que nos acolhe como pode, inúmeros reconhecem a importância de imigrantes, outros nem tanto, mas que esse novo ano tudo corra bem, que os manifestos de residências andem, que possamos sermos cada vez mais bem recebidos e principalmente aprendamos a respeitar que estamos em outra casa, não posso chegar cá e pedir sol em pleno inverno, como ouvi um dias desses há voos para o Brasil diariamente, senão estou feliz cá podemos irmos embora, mas não se apercebem que literalmente não é apanhar um avião, tem situações que são bem menos literais do que parecem.
Quem escolher “pular ou saltar essa grande onda” que foi atravessar o Atlântico foi muito mais que pular 7 ondas no 1.º dia do ano, foi o desejo e planejamento (planeamento) de uma vida, em busca de uma vida melhor, não importa termos sol o ano todo, se falta dignidade de trabalho, segurança e até mesmo saúde, é saudável encontramos um lugar (sítio) que há isso.
Todos que decidiram cá estar em Portugal, pularam ou melhor voaram por cima milhares de ondas, para realizarem esses sonhos, desejos e projetos que todos os anos idealizamos e agora quem está cá está a ter a oportunidade de realizá-los ou não.
Parabéns imigrantes, por mais um ano, que o próximo seja muito melhor que esse, que se habituem e consigam realizar todos os sonhos e projetos que um dia estavam na mente e no coração e hoje são realidade.
Feliz 2025.
Jessica Faria, Psicóloga (CRP) Conselho Regional de Psicologia*